quinta-feira, 31 de maio de 2012

CAUSANDO

Depois que falaram de seu trauma de infância na tv virou moda como em tudo neste país, falar que fulano ou sicrano sofreu abuso.
Se alguém famoso faz ou diz alguma coisa todos seguem aquele modelo.
Aí, eu me pergunto. Porque outras coisas não seguem este padrão de mudança e melhora.
Tudo nesta vida tem duas moedas. Tudo neste país continua acabando em pizza.
Há uma necessidade maior de aparecer do que de fazer o bem.
Claro que esta ajudando, mas nada é de graça.
Assim como tem muito inocente preso para que o delegado apareça na tv, levar este tipo
de problema para a tv faz parecer estrelismo.


Então vamos falar de forma mais cientifica desse caos que é a violência.
Do comprometimento causado por qualquer tipo de violência.
O trauma que fica e que é extremamente dificil para quem sofre, falar ou sentir.


EMBOTAMENTO EMOCIONAL:

Embotamento afetivo é um tipo de comportamento em que o indivíduo apresenta-se com dificuldades em expressar emoções e sentimentos.










 As pessoas que vivem em cidades em que a onda de violência está aumentando, têm que lidar com um problema cada vez mais freqüente, o estado das vítimas após uma situação de agressão. As situações vividas podem ser várias: assaltos, acidentes de trânsito, seqüestros, violência sexual, presenciar uma situação violenta que ocorre com outra pessoa, entre várias outras
Todas estas situações podem ultrapassar o limiar de tolerância de uma pessoa em relação ao que ela experienciou. Assim, para algumas pessoas, a experiência de violência pode ser vivida como traumática, o que significa que a pessoa vive uma intensa reação de estresse na situação, sendo que a reação não se desfaz e a pessoa não retorna ao seu estado psicológico habitual.
Em situações ideais, uma pessoa que se depara com uma situação de agressão, vivencia uma alta intensidade de estresse no momento e logo depois do evento, mas tende a ir voltando ao seu padrão de funcionamento com o passar do tempo. (Selye, 1974, 1976).
Para entender este fenômeno é importante que nós possamos compreender os mecanismos da experiência de violência e os modos como uma pessoa pode viver a agressão durante e depois do evento. Há vários fatores que podem contribuir para que uma pessoa não volte ao seu estado habitual após uma situação de agressão: a idade e o momento em que o evento ocorreu, a intensidade e a duração da experiência, o nível de impotência que a pessoa sentiu, o sentido da experiência na história de vida da pessoa, os sentimentos que a situação despertou, como medo, pavor, raiva, etc.Os 


                                      Diferentes Modos de Reagir


Diferentes pessoas não reagem do mesmo modo a uma situação violenta. Quando duas pessoas vivem uma mesma situação de agressão, uma pode ficar traumatizada, enquanto a outra retoma a sua rotina em pouco tempo. Cada pessoa tem uma história singular de agressões e estresses em sua vida, cada uma associa o evento agressivo atual a experiências específicas de seu passado. Uma série de fatores como estes tornam alguém mais vulnerável a determinadas agressões, determinando os limites entre o assimilável e o excessivo.
Por exemplo, durante uma situação de violência, uma pessoa pode se manter fria e sob controle, outra pode entrar em desespero e pânico, enquanto uma terceira pode desmaiar. Três modos diferentes, pessoais, de lidar com a mesma situação de estresse intenso, o que expressa três temperamentos e três histórias de vida diferentes. 
Após a situação, cada um poderá viver também de um modo singular os efeitos posteriores. Um pode ficar com medo apenas por alguns dias e depois voltar à vida normal, outro poderá ficar com uma ansiedade muito grande e duradoura e não conseguir voltar à sua rotina, enquanto um terceiro poderá afundar numa profunda depressão decorrente do grande abalo causado pela experiência. Cada um reage de um modo singular às várias situações de agressão que sofre na vida, assim como às eventuais situações de violência intensa.

Arthur Thiago Sacarpato

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